sábado, 27 de março de 2010
Aix-en-Provence e o Aquabella
Hoje vou falar de um hotel muito simpático e aconchegante em Aix-en-Provence. O empreendimento está classificado como um hotel três estrelas e chama-se Aquabella. O interessante é que a classificação hoteleira ainda funciona em alguns países e isto é uma segurança para os hotéis sem bandeira. O cliente sabe o que esperar de marcas consagradas como Ibis, Novotel, Sheraton, W, Ritz Carlton e etc., mas quando o hotel é de uma empresa menos conhecida ou é familiar, a tal classificação de estrelas endossa o padrão de qualidade e ajusta a expectativa de seus hóspedes.
O Aquabella está muito bem localizado. Fica perto do centro antigo da cidade e do estúdio do Cezanne. Tudo pode ser feito a pé e recomendo que assim seja, pois a cidade é uma graça e deve ser desfrutada através de um passeio por suas ruas estreitas observando sua charmosa arquitetura! No geral, a estrutura do Aquabella é como a de um hotel em qualquer parte do mundo, exceto porque em seu terreno, encontra-se uma antiga torre que fazia parte da muralha de proteção de Aix e que hoje é cenário da piscina! Lindo!
Os quartos são bem cuidados e com decoração suave, mas o grande diferencial é que são claros por causa de seus janelões. Os amenities são à base de óleo de oliva, muito comum na região. O hotel conta ainda com um moderno bar e com o restaurante L’Orangerie. Recomendo o delicioso croissant do café da manhã.
O ponto alto é o espaço destinado ao Spa, famoso na cidade - Thermes Sextius. O local proporciona tranquilidade, relaxamento e bem-estar. Não que você precise, porque estar em Aix-en-Provence já faz toda a diferença. Portanto, se você estiver planejando uma viagem para a região que inspirou tantos pintores com suas vínicolas, plantações de lavanda e oliveiras, o Aquabella é uma excelente relação preço X qualidade.
domingo, 21 de março de 2010
Investindo em hotéis!
Como a Mapie estava participando da maior feira de investimentos imobiliários do mundo - Mipim - em Cannes, o post desta semana falará sobre investimentos em hotelaria. Antes de iniciar, gostaria de comentar apenas que o evento foi bastante impressionante. Muitos investidores procurando oportunidades e muitos projetos consistentes em várias partes do mundo. Diria que a bola da vez é dividida entre o Brasil e a Polônia. Em relação ao Brasil, os mega eventos de 2014 e 2016 contribuem, principalmente para fortalecer o país como destino, mas os investidores sabem diferenciar um projeto sólido do oportunismo presente em algumas situações. É óbvio que a Copa em si, não gerará demanda turística suficiente por um período extenso e nem todas as cidades sede são alvo de investimentos, mas certamente, os eventos atraem atenção para o país. Mas, é ainda mais óbvio que o Brasil é a bola da vez por ter uma economia estável, renda da população em crescimento e por ser uma democracia consolidada (assim esperamos!).
Agora sobre o tema especificamente: muitos investidores brasileiros temem investir em hotéis. No meu entendimento, isto acontece porque há aproximadamente 10 anos, com o boom da hotelaria nas principais capitais do país, houve um excesso de oferta hoteleira, principalmente no modelo de condomínio. As incorporadoras prometeram rentabilidade garantida e esqueceram de combinar com as redes hoteleiras. Estas operavam principalmente através de contratos de gestão, onde um percentual da receita e/ou resultado fica com a operadora hoteleira em troca da gestão, marketing, marca, conhecimento e etc. Além disso, o modelo de condomínio é bastante conflituoso. Em um mesmo empreendimento temos investidores com perfis bastante diferenciados. Desde um empresário que espera retorno agressivo até a senhora aposentada que comprou o apartamento para viver no final de sua vida. É impossível agradar a todos neste cenário!
O lado positivo é que este excesso de oferta proporcionou uma limpeza no mercado. As redes que não tinham consistência, foram sendo aos poucos, substituídas. Ficaram as mais competentes e mesmo assim, o percentual por elas cobrado virou commodity! Quem tivesse a menor taxa de administração ficava com o contrato. Este entorno de alta competitividade, fez com que algumas redes criassem novos modelos, como os contratos de arrendamento ou as aquisições parciais. E é aí que estão as melhores oportunidades de investimentos da atualidade. Retorno garantido de X% ao mês sobre o total investido e possibilidade de aumento da margem com rentabilidade variável.
Cabe ressaltar ainda que além da rentabilidade garantida da operação hoteleira, compatível com índices oferecidos em outras operações, temos que considerar a solidez do imóvel e a possibilidade de valorização imobiliária em si, gerando ótimos índices. Portanto, acredito que investir em hotel pode ser uma excelente opção, basta saber conjugar localização adequada, gestão competente e acompanhamento constante. É isso!
domingo, 14 de março de 2010
Hotéis econômicos!
Este post está sendo escrito em Birmingham. Na verdade, o início dele, pois estou no trem de volta a Londres depois de assistir a mais um espetacular show da Dave Matthews Band. Se este blog fosse de música, eu não teria assunto, pois a minha vida musical gira quase que exclusivamente ao redor deles... Mas, vamos ao que interessa.
Hoje vou falar de hotelaria econômica. Em Birmingham fiquei hospedada em um Etap, a bandeira super econômica da Accor. A marca Etap é a equivalente a Formule 1 no Brasil. Na verdade, houve uma adaptação de marcas da empresa para entrada em nosso país. Aqui na Europa, os Formules 1 são hotéis de estrada (principalmente) com apartamentos minúsculos, normalmente sem banheiros. Estes estão localizados no corredor e são auto-limpantes - o que quer dizer que eles não costumam ser muito limpos!
Quanto ao Etap, poderia classificá-lo como um hotel justo. O apartamento totaliza no máximo 15m2. O chuveiro parece uma cabine, pia e vaso sanitário são separados para facilitar seu uso de forma independente pelos hóspedes. Todos os apartamentos têm uma cama de casal e uma cama suspensa, formando um triliche. Agora, a pergunta que não quer calar: como cabem três pessoas e suas malas neste contexto?? Eu não faço a menor idéia. Além disso, o quarto conta com uma mini tv e cabides na parede. Não há frigobar, secador de cabelo ou qualquer item de decoração. Há um sabonete na pia e duas toalhas de banho - sem toalha de rosto e sem piso. Apesar de limitado, isso é tudo que você costuma precisar em uma noite. Portanto, recomendo este tipo de hospedagem para períodos curtos, quando você quer pagar pouco.
O lobby é funcional. No restaurante, opções de snack e comidas rápidas - tudo em formato de auto-serviço. Os funcionários são multifuncionais. Talvez por isso, sejam simpáticos quando dá para ser. Meu problema com hotelaria econômica é este. Normalmente, economiza-se até quando o serviço não custa nada: sorriso, atenção, cuidados com a limpeza e etc. Uma nova marca foi lançada no Brasil recentemente e promete cuidar justamente deste aspecto. Apesar de econômicos, os hotéis oferecem serviço diferenciado. Estou falando da marca Spotlight Hotels by Chieko Aoki que ajudei a conceituar e que será alvo de um post específico no futuro.
Considerando o exposto, recomendo as bandeiras econômicas e super econômicas para investimento. O valor de construção, mobília e equipamentos (FF&E e HEOS) é baixo (considerando a ausência de vários itens tradicionais) e a ocupação costuma ser alta (dependendo da localização). O preço e a segurança da existência de padrões são amparados por uma rede - fórmula de excelente rentabilidade. E para aqueles que querem apenas se hospedar, seguramente será melhor que a maioria dos hotéis familiares que concorrem com o mesmo preço por aí.
Meu post acabava aí, mas chegamos em Marseille e serei obrigada a completar. Ficar em um hotel de rede, mesmo sendo econômico, te dá a garantia de um certo padrão de qualidade. A expectativa está ajustada. Para Marseille, escolhi um hotel que parecia ser charmoso e bem localizado. Até conferi as opiniões de outros hóspedes!! E, acabei ficando no hotel mais sujo do mundo! Carpetes manchados, carpetes nas PAREDES, cobertor azul (ARGH!), móveis desgastados e o teto com a tinta menos branca que já vi (menos branca, porque era branca no seus dias de auge!). É isso!
sábado, 6 de março de 2010
Um pouco de sol! Nannai Beach Resort
Hoje faz frio e o tempo está fechado em Curitiba. Para dar uma animada geral, resolvi escrever sobre um hotel de praia, com muito sol e mar - o Nannai Beach Resort em Muro Alto no Pernambuco.
O Nannai foi um dos pioneiros no Brasil a apresentar o conceito “o Tahiti é aqui’! Seus bangalôs com telhado de palha e piscina privativa oferecem todo o conforto esperado para um hotel de sua categoria, mas fazem isso de maneira informal e descontraída! Você é recebido com lindas flores colhidas do próprio jardim da propriedade e com frutas típicas da região! É aí que começa o seu relaxamento total.
Neste resort o silêncio e a tranquilidade são respeitados. Nada de axé na piscina, nada de infinitas atividades com monitores extra simpáticos motivando hóspedes a sair de sua inércia... Aqui você pode ouvir o mar, os pássaros ou aquilo que estiver tocando no seu Ipod. Pode ainda escolher fazer passeios pela região ou simplesmente escolher uma espreguiçadeira e torrar ao sol, refrescando-se com eventuais banhos nas piscinas ou no mar.
A comida é deliciosa. Não perca a tapioca com coco e leite condensado no café da manhã, as patas de caranguejo gigantes como petisco no almoço, o charmoso chá da tarde servido no jardim e se sobrar espaço, os melhores frutos do mar combinados com vinhos no jantar! Depois disso tudo, aproveite para admirar o céu estrelado totalmente disponível para você!
Na semana que vem, falarei sobre hotelaria econômica diretamente de um Etap em Birmingham! Até lá!
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Quem sou eu
- Carolina Sass de Haro
- Hoteleira de profissão e por paixão, especialista em gestão estratégica e gestão do conhecimento. Proprietária da Mapie Especialistas Estratégicos em Serviços, sócia da Hamburgueria do Vicente e professora da Universidade Positivo. Atuo em hotelaria há mais de 10 anos com muito prazer!