Livros e demais elementos para compor o universo

  • Copacabana Palace - um hotel e sua história (Ricardo Boechat)

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É fim de ano...


Adoro este clima de festas de final de ano! Adoro o espírito de Natal, as músicas, os cheiros, as comidas típicas desta época! E o que dizer de 2010? Passou voando, mal percebi dada a sua intensidade! Foi um ano excepcional em todos os sentidos. Tenho certeza que 2011 será ainda melhor... para todos nós.

Neste período, intensifica-se a agenda de trabalho para entregar tudo no prazo e também a agenda social com as mais diversas comemorações. Com isto, caros leitores, este será o último post do ano!

Espero que tenham gostado das histórias aqui postadas, cujo único propósito é retratar um pouco deste grande Universo Hotel e da minha paixão por ele. Espero que tenha sido tão divertido e enriquecedor para vocês como foi para mim!

Em 2011, voltarei com novas histórias, novas reflexões e novos desafios e espero continuar contando com a companhia de vocês.

Para encerrar, gostaria de fazer uma singela homenagem a todos os profissionais da hotelaria que estarão trabalhando intensamente durante as festas! Enquanto estaremos comemorando Natal, Ano Novo e outras celebrações com nossas famílias e amigos, estes profissionais estarão lá: trabalhando, sorrindo, entregando, servindo, atendendo e fazendo com que nossas experiências sejam únicas, memoráveis e inesquecíveis. A todos vocês, hoteleiros de coração e de profissão, obrigada!

Boas Celebrações a todos e que o novo ano seja repleto de sonhos, alegrias, realizações, superação, sucesso e muitas, muitas oportunidades de curtir hotéis pelo mundo afora!

Até 2011!

sábado, 27 de novembro de 2010

Transeuntes no Universo Hotel


O post de hoje é um convite e também um desafio! Começo falando de fotos, filosofo de carona e finalizo com o Universo Hotel.

Hoje à tarde, fui a uma exposição fotográfica fantástica chamada Transeuntes e fiquei inspirada! Tal exposição é da talentosa fotógrafa Alessandra Haro (minha cunhada e de quem tenho muito orgulho) e acontece até dia 11 de Dezembro no Museu Guido Viaro em Curitiba.

A idéia desta excepcional série fotográfica é tratar do espaço urbano e de como o comportamento humano e o individualismo são influenciados por ele. A Ale tirou fotos de pessoas normais (gente como a gente) em situações cotidianas. Depois, miniaturizou estas pessoas e “devolveu-as” para este mesmo espaço. O resultado é incrível. Falo da beleza das fotos, mas principalmente das implicações filosóficas do trabalho.

A encantadora vida na cidade grande unida à pressa do mundo atual faz com que sejamos seres pequeninos neste contexto. Estamos ali de passagem! Somos miniaturas de nossos sonhos e desejos, enfim, da nossa própria vida! Como isto muda o nosso comportamento?

No primeiro post deste blog, quando expliquei seu propósito, comentei que um hotel é um mini-universo. Um local onde vidas, histórias, vontades e necessidades se cruzam neste espaço específico por um determinado período de tempo. Como este espaço “neutro” influencia o comportamento humano? Como as pessoas se comportam quando estão vivendo neste mundo - alheio ao seu habitual? Os hoteleiros saberão que em um hotel tudo pode acontecer, e efetivamente acontece!

E se registrássemos detalhes destes momentos aqui no blog? Se de forma discreta e respeitosa pudéssemos registrar imagens de situações ocorridas no nosso universo hoteleiro? Pedaços das vidas que por ali passam! Está lançado o desafio. Farei algumas fotos nas minhas próximas hospedagens e conto com a participação de todos que compartilharem desta paixão!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

The Bryant Park Hotel - que charme!!


Estive recentemente em Nova Iorque e sempre volto de lá mais apaixonada! Esta cidade para mim é a Top 2 da minha lista de cidades favoritas no mundo, perdendo apenas para Londres, mas esta é uma outra história. Realmente, a Big Apple tem tudo que é bom (no meu conceito, lógico)! Individualidade e coletividade, exclusividade, privacidade, liberdade, exuberância de imagens, cheiros, cores e sabores. É a terra de grandes baladas, das lojas mais espetaculares, dos excelentes restaurantes e claro: dos hotéis absolutamente fantásticos.

Desta vez, tive a oportunidade de visitar o The Bryant Park Hotel e é de cair o queixo. A começar pela localização mais extraordinária de Manhattan. Em frente ao charmosíssimo Bryant Park (um dos meus locais favoritos) ao lado da NYC Library ... sem contar que apenas alguns passos te afastam da elegante Quinta Avenida.

Por definição, hotéis boutique têm seu enfoque nos chamados 4 Ms: models (modelos), music (música), movies (filmes) e money (dinheiro). O The Bryant Park Hotel é boutique na essência. Foi eleito um dos 10 melhores hotéis da cidade pelo Trip Advisor (e sabemos que hoje, o que conta é mesmo a opinião dos clientes - principalmente, daqueles presentes nas mídias sociais). Mas não é só: foi escolhido também como o hotel mais romântico de NY pelo City Search e pela Elle Magazine, além de ser considerado o hotel mais fashion pela London Times Travel.

O prédio com a fachada negra e dourada já impressiona na chegada. O lobby é fashion, como esperado. Confesso que os apartamentos ficaram abaixo da minha expectativa, considerando o conjunto do hotel. São confortáveis, oferecem vários mimos e facilidades, mas não são tão descolados quanto eu imaginava. O espaço gastronômico é bem decorado e com ar moderno. Infelizmente, não tive a chande de provar da gastronomia do local. Agora, o que eu achei mais bacana é que eles chamam o serviço de concierge do hotel de Entertainment Planner e garantem aos seus hóspedes o acesso facilitado aos locais mais badalados e aos eventos mais concorridos. A cara de Nova Iorque!

domingo, 31 de outubro de 2010

Implantação hoteleira!

É bastante comum na hotelaria nacional (e também fora dela), que empresários do ramo da construção civil tornem-se hoteleiros. Isto ocorre por diversos fatores que vão desde a perspectiva/expectativa de rentabilidade mensal “assegurada”até o suposto glamour existente no setor. Mas, acredito também que isto ocorra pela facilidade em levantar o ativo e pela crença de que o negócio hoteleiro assemelha-se à construção ou que seja fácil. É aí que mora o perigo e onde se deve ter cuidado (e alguns, felizmente, tem)!

O negócio hoteleiro começa quando a obra está acabada! E tal negócio envolve um sem número de atividades que vão desde a escolha dos móveis, equipamentos e utensílios até o treinamento do pessoal para a operação. Eu, particularmente, adoro implantações. Acho fantástico ver um hotel nascer. Acompanhar a sua transformação de um prédio sujo com resto de obras em um espaço agradável, confortável e conveniente, pronto para atender aos mais diversos desejos e necessidades das pessoas que por ali passam.

Um bom começo deste processo é a definição de móveis, utensílios e equipamentos (que na linguagem interna da área assume pomposas siglas em inglês - FF&E e HEOS). Tais itens formam uma lista enorme e devem estar conectados com o conceito proposto, além de refletir a personalidade do hotel. Detalhes são importantes, fazem a diferença e mais: podem gerar aumento da diária média desde que percebidos como valor agregado pelo público alvo.

Depois, há a criação dos padrões, processos e procedimentos, que também conectados ao conceito, darão a cara do serviço e regerão as infinitas atividades operacionais necessárias para garantir (pelo menos) a cama confortável, o banheiro limpo e um café da manhã delicioso. Do ponto de vista do hóspede, é tudo relativamente simples. Mas, para fazer isso acontecer, há um exército organizado em uma engrenagem cheia de complexidade.

E o que dizer de cada uma das tarefas de implantação e pré-operação? Recrutar e selecionar o time completo e capacitar cada uma das pessoas em suas funções específicas. Também tem o limpar, montar, organizar, testar, provar, cobrar, acompanhar, garantir, vender, inserir, trocar, preparar, abrir... São tantas atividades que, se mal coordenadas, geram re-trabalho e esforço em vão, além de atrasos nas vendas - e como consequência, atraso na geração de receitas, lucro e assim por diante.

Como resultado deste esforço temos a transformação de um ativo inanimado em um pequeno universo! De prédio a hotel! De tijolos a serviços, comida boa e sorrisos! Definitivamente, nada fácil, mas muito legal!

sábado, 16 de outubro de 2010

Os mega-eventos e o Brasil!


O post de hoje está relacionado com a hotelaria apenas indiretamente. É interessante analisarmos o impacto que a realização de mega-eventos causa em destinos turísticos. A organização de acontecimentos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas movimentam não somente a atividade turística, mas também todo o seu entorno. O destino em sua totalidade é afetado em aspectos que vão desde a infra-estrutura local e desenvolvimento da mão-de-obra até a auto-estima de sua população.

Neste ano, estive na China e fiz duas visitas a África do Sul (uma 30 dias antes da Copa e outra 3 meses depois) e pude observar como estes eventos afetaram as cidades de formas diferenciadas e isso proporcionou-me uma reflexão sobre a situação brasileira, se estamos preparados para receber estes mega-eventos e como seremos beneficiados.

No caso chinês, a disciplina e a pujança econômica ficam muito marcadas. Em tempos recordes e com assombrosa precisão, o país ergueu estádios, arenas, atrativos turísticos e hotéis. Também pavimentou ruas, limpou a cidade, maquiou os lugares menos atraentes e tentou educar sua população para receberem bem o turista e abandonarem hábitos localmente aceitos e um tanto repugnantes para nós, ocidentais. Os resultados ainda são perceptíveis depois de 2 anos da realização das Olimpíadas de Pequim. A cidade continua limpíssima e organizada, a infra-estrutura está sendo usufruída pela população local e os velhos hábitos não retornaram com tanta força. Em relação a atividade turística, a barreira idiomática continua sendo um problema e a falta de malícia/pró-atividade gera um atendimento cordial, ingênuo e pouco eficaz.

Quando se trata da África do Sul a situação é diferente. Estádios foram construídos e ruas foram pavimentadas, porém com timing diferente. Quando faltavam 30 dias para a Copa, ainda havia muito por fazer em Joburg! 3 meses depois, ainda vemos obras nas rodovias, acessos e estações de trens. O trânsito caótico não teve solução antes, durante e depois. Em compensação, o atendimento foi impecável nas duas visitas. Sem a barreira da língua e com uma alegria contagiante, o hospitaleiro povo sul-africano preparou-se para receber os milhares de visitantes de forma calorosa e aprendeu com o evento, sendo que ainda é possível desfrutar da mão-de-obra mais capacitada. Se em alguns casos a estrutura não estava lá, certamente o sorriso estava para minimizar os transtornos.

Acredito que a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 farão bem ao Brasil. Veremos obras necessárias saírem do papel e veremos o país ser incluído no mundo como um destino turístico de peso, como merece. Espero que sejamos a união de China e África do Sul - que possamos ter a estrutura necessária pronta a tempo e de forma organizada combinada com a cordialidade e a excelência na prestação dos serviços. Espero também que saibamos gerenciar os legados positivos e negativos que estes eventos trarão. Mas isto é conversa para outro post! Por sinal, alguém está vendo alguma movimentação estruturada para a organização destes eventos? Eu ainda não!

sábado, 2 de outubro de 2010

W de WOW!


Neste momento, escrevo de um quarto de hotel padrão...Se acordar inesperadamente no meio da noite, terei que pensar se estou em Florianópolis, São Luis, Londres ou Bangkok - já que são todos muito iguais!

Escrevi em alguns posts aqui no blog sobre a falta de personalidade da hotelaria nacional e comentei sobre os hotéis chuchu - sem graça (afinal acredito que chuchu é o quarto estado físico da água)!

Pois é! Mas a notícias boa é que há quem quebre este marasmo com maestria. Hoje é dia de falar da W - A marca do WOW!

A W é uma marca da rede americana Starwood, onde cada hotel boutique é único, charmoso, especial. Seus ambientes são descolados com sofisticação e incorporam um estilo de vida moderno, inovador, antenado com as últimas tendências. Localizada em destinos espetaculares, a W é a marca que reforça um estilo de vida! Seus hotéis unem design arrojado, experiências gastronômicas fantásticas, balada e excelência em um atendimento informal sem ser exagerado!

Tive a oportunidade de conhecer os hotéis de NY, Atlanta e Santiago do Chile. Cada um deles tem uma cara própria, mas com personalidades parecidas. Sempre fui incrivelmente bem atendida, comi bem e principalmente, me diverti! O lema da marca é Whatever/Whenever e por enquanto, funcionou perfeitamente em todas as ocasiões.

Nós, aqui no Brasil, ainda não podemos desfrutar desta maravilha. Rumores dizem que logo este problema será resolvido. Espero mesmo! Um pouco de estilo nos fará bem! Chega de chuchu!

domingo, 26 de setembro de 2010

O crescimento da hotelaria econômica no Brasil!


Caros Leitores,

Quanto tempo, não é?! Peço desculpas pela ausência nos últimos 20 dias, mas realmente a coisa fugiu do controle... No bom sentido! Vários projetos, muitas viagens e com isso, novas histórias para compartilhar por aqui. Então, sem mais demora, vamos direto ao assunto.

O post de hoje é sobre um fenômeno que está acontecendo com muita força no país. A expressão que eu vou utilizar não é minha - e sim de uma pessoa muito querida (Obrigada!) - e que explica profundamente nosso assunto. Neste exato momento, estamos vivenciando o processo de Ibisação da hotelaria nacional.

Por um lado, temos todo o mérito da Accor de ter desenvolvido um modelo positivamente matador. Os Ibis realmente são hits absolutos nas paradas de sucesso! Atendem as necessidades básicas dos hóspedes, costumam ser bem localizados, possuem sistema de reservas descomplicado e ainda por cima geram bom retorno a seus investidores. Por tudo isso, transformaram-se em verdadeiras referências de mercado. A Gilette da hotelaria.

Por outro lado, quanto maior o crescimento deste modelo no país, mais perdemos em dois aspectos: na personalidade e na qualidade de serviço de nossos hotéis.

Já abordamos estes assuntos aqui anteriormente (Posts de Julho: A falta de personalidade na hotelaria brasileira e Por que o serviço por aqui é tão ruim?), mas acredito profundamente que só por ser econômico, o hotel não necessariamente deve ser sem graça (como chuchu) e prestar um serviço mediano.

Personalidade pode ser alcançada através do estilo, da forma e de pequenos detalhes que fazem a diferença! (vide Aloft da Starwood) E nem sempre isso custa caro! Agora, a questão do serviço é que é crucial. Impressionante como as pessoas que trabalham em hotéis econômicos mudam a chave do serviço e passam a economizar em sorrisos, em bom-atendimento, em cordialidade, em eficácia e a coisa descamba de forma geral. Atender com gentileza e eficiência não custa caro!

Portanto, caros leitores, em época de eleição faço aqui a minha campanha por um universo hoteleiro com mais personalidade e pela melhor qualidade de serviço em nosso país!! É disso que o Brasil precisa para tornar-se um destino respeitado e valorizado!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

29 Cosmetics e Spa! Maravilhoso!


Conforme comentei no último post, estive em Atlanta para conhecer a 29 Cosmetics e o 29 Spa localizado no the Mansion on Peachtree da Rosewood.

O nome 29 tem origem na estrada que cruza o Napa Valley, famosa região vitivinícola americana. Sua fundadora, Lydia Mondavi, possui mais de 10 anos de experiência no desenvolvimento de produtos cosméticos de luxo e na implantação de spas em hotéis igualmente sofisticados. Também tem relação estreita com o mundo do vinho e com vinícolas tradicionais do vale. A marca é muito charmosa e reúne características adicionais como sustentabilidade, responsabilidade social e bem-estar!

O principal diferencial da linha de produtos da 29 é que todos os itens são produzidos com sementes de uvas que possuem propriedades anti-oxidantes. Além disso, são ingredientes naturais e orgânicos! Conhecimento é beleza, como diz o principal slogan da marca! São batons, lápis, glosses, blushes, sombras, pós, bases, corretivos, hidratantes, tônicos e uma série de outros itens pensados para a beleza feminina sustentável e natural! Excelente!!

O spa da 29 é de cair o queixo. A decoração é impecável - sofisticada como a própria marca. Elementos de bom gosto compõe os ambientes e os detalhes fazem toda a diferença. Na sala de manicure e pedicure, linha direta com a Neiman Marcus para provar sapatos da marca Manolo Blahnik. Chuveiros potentes com amenities da linha 29, roupões que abraçam seu corpo e chinelos massageadores estão disponíveis no lounge feminino que antecedem a área de tratamentos. Nas salas de tratamento, camas confortáveis, com lençóis de seda e toalhas aquecidas. Todos os tratamentos utilizam os produtos da 29 ou uvas e sementes trazidas direto do Napa Valley. O forte são os tratamentos faciais que dão uma revitalizada geral na pele à base de muito anti-oxidante natural. Música agradável e chá de sementes de uva gelado para refrescar, completam o todo! Uma maravilha para o corpo e alma.

Uma tendência da atualidade é que os consumidores busquem experiências em produtos e serviços que aumentem seu nível de bem-estar, sua sensação de exclusividade e sua individualidade. A 29 é perfeita neste sentido! Conhecimento é mesmo uma beleza!!

domingo, 29 de agosto de 2010

The Mansion on Peachtree - a Rosewood Hotel


Acabo de voltar de Atlanta em uma viagem específica para conhecer a 29 Cosmetics e o 29 Spa. O spa fica localizado em um bairro nobre da cidade em um hotel da rede americana de hotéis cinco estrelas Rosewood. O The Mansion on Peachtree é simplesmente fantástico.

Seu prédio imponente já impressiona na chegada. Seu lobby com estilo clássico é a combinação perfeita de sofisticação e conforto. O The Mansion on Peachtree conta com um lindo whisky bar nas alturas com belíssimas vistas da cidade. Possui ainda, dois outros restaurantes, o Neo e o Craft, ambas ótimas opções. O Craft serve um cardápio moderno e variado com porções de tamanho justo, muito saborosas.

Os apartamentos são amplos e aconchegantes. A TV fica escondida sob uma tela de arte que sobe e desce com acionamento por controle remoto. A cama é deliciosa, com lençóis e travesseiros macios. Os itens no minibar são uma tentação, tudo personalizado para a rede. Também conta com as demais facilidades esperadas em um hotel desta categoria. O banheiro é grande com amenities especiais da própria 29. Eu, particularmente, gosto muito de hotéis que tem TV no banheiro e neste caso, ela fica estrategicamente posicionada para desfrutar de um relaxante banho de espuma na banheira.

Apesar disso tudo, estes não são os principais elementos do hotel. Seus principais destaques são o 29 Spa e a qualidade do serviço. O 29 Spa será alvo de um post específico na próxima semana.

Vamos então, ao serviço! O atendimento é simplesmente incrível! Todas as pessoas, sem exceção, são extremamente cordiais e educadas. Todos estão sempre disponíveis e atentos a cada uma de suas necessidades. O serviço é impecável. Acho o máximo quando o room service é montado em uma mesa no seu apartamento com o mise en place completo! Todos te tratam pelo sobrenome, desde a camareira até o gerente geral. Há bastante interação com a equipe durante toda a hospedagem. Um número maior que o normal de mensageiros e capitães-porteiros está sempre disponível. As portas são sempre abertas para você com a saudação padrão - Welcome to the Mansion! Não é ótimo ser recebido assim?

Adoro hotelaria, em todas as suas formas, mas ter a oportunidade de vivenciar um nível de serviço como este é ainda mais apaixonante.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Legado Mitico em Buenos Aires!


Estive em Buenos Aires na semana passada e fiquei hospedada no Hilton em Puerto Madero. Achei que teria algo para contar aqui após esta hospedagem, mas a melhor definição que encontro é que foi medíocre. Segundo o bom e velho Aurélio, medíocre quer dizer nem bom e nem mau, portanto, encaixa-se perfeitamente com a situação.

Em compensação, tive a oportunidade de conhecer um charmoso hotel boutique em Palermo chamado Legado Mítico, salvando o post da semana.

O hotel é pequeno. Apenas 11 apartamentos e área comum enxuta, mas é pra lá de charmoso. É inspirado na história e na cultura argentina e principalmente, em seus principais personagens célebres. Os apartamentos tematizados homenageiam Eva Perón, Che Guevara, Carlos Gardel, Jorge Luis Borges e até a querida Mafalda. E não pense você que é exagerado ou cafona. Todos os elementos que compõe este clima são muito bem escolhidos. No apartamento do Jorge Luis Borges, por exemplo, diversas obras do autor, um porta-retrato e uma linda máquina de escrever.

Na entrada do hotel, apenas uma mesa para check in e alguns objetos. Na sala de estar, uma belíssima biblioteca com mais elementos dos ilustres argentinos, lareira e o espaço onde é servido o buffet de café da manhã incluído na diária que gira em torno dos 270 dólares. Ao fundo, um aconchegante pátio.

Além do contato mais próximo com a cultura local, outro diferencial é o atendimento super personalizado que gera percepções bastante positivas, como pode ser conferido nas carinhosas mensagens deixadas pelos hóspedes no livro de ouro do hotel.

É, ficar em hotéis de rede é bacana pelo padrão e pela familiaridade, mas certamente há situações em que vale a pena arriscar! O Legado Mitico é um perfeito exemplo disto!

domingo, 15 de agosto de 2010

As lendas urbanas da hotelaria!


A hotelaria, como outros segmentos, está repleta de lendas urbanas. Acontecimentos supostamente reais que são alardeados aos quatro cantos. Estas histórias possuem componentes humorísticos, bizarros e por vezes tristes e que ao longo dos anos, vão se somando, se multiplicando até o ponto onde não é mais possível identificar como tudo começou. São histórias compartilhadas entre colegas e que de certa forma, criam uma “linguagem” comum da profissão. Algo que só os iniciados conseguem compreender... Do ponto de vista psicológico, estes episódios colocam luz sobre a natureza humana e toda sua insanidade - e nós, profissionais deste universo, assistimos a tudo de camarote.

Pois, seguem agora, algumas delas para seu divertimento, reflexão ou lembrança. Algumas são reais e vividas por mim, outras são parte das conversas de bar e dos mitos deste nosso mundinho mágico.

Eis que o Gerente de Plantão é chamado pela segurança para auxiliar na resolução de uma situação atípica... havia um homem correndo pelado pelos corredores do hotel segurando uma pequena caixa de papel na mão. Depois de muito alvoroço e alguma estratégia (também alguma influência da equipe de segurança) nosso maratonista natureba decidiu entrar no seu apartamento e descansar... Todos se perguntavam o que tinha na caixinha que ele cuidadosamente deixou na porta, do lado de fora do seu apartamento. Já dizia o ditado - curiosidade mata! Neste caso, cheira mal! O conteúdo da caixinha era cocô! Cruzes!!! O que leva uma pessoa a correr pelada com uma caixa de cocô nunca saberemos!

Toca o telefone da recepção e um hóspede oriental com aquele sotaque carregado que lhes é particular diz: meu microondas não funciona! O hoteleiro que teve a sorte de atender aquele chamado pensa por alguns instantes e pede para o hóspede repetir. Meu microondas não funciona - diz ele. O hoteleiro fica confuso, mas sobe para verificar o que estava acontecendo, afinal, os apartamentos daquele hotel não possuíam microondas. Quando ele chega no apartamento, descobre a sopa servida trancada no cofre com o contador de segurança do equipamento funcionando... Sr. acho que seu microondas deve estar estragado, agora teremos que esperar alguns minutos até abrir. Como alguém se controla numa situação dessas??? Gargalhada na certa e dane-se o protocolo hoteleiro!!!

O final de semana estava agitado no hotel e isso significava que o plantão também. O Gerente Responsável resolve subir às 23h00 para dormir em seu apartamento no 13o. andar (1313). Com sua chave mestra abre a porta do 1303 e meio tonto com o cansaço usa o banheiro, puxa descarga e se dá conta de que está no apartamento errado. O hóspede percebe a movimentação e de cueca senta na cama. O gerente, naquele breu, percebe a besteira e sai correndo. No dia seguinte, o hóspede pede para chamar o Gerente Responsável e reclama que seu apartamento foi invadido por alguém na noite anterior. Estava preocupado com os seus pertences... Eita saia justa!

Certamente, compartilharei mais lendas aqui no blog no futuro. Por enquanto, convido para que mais hoteleiros usem este espaço para contar as suas!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um bom hotel para relaxar...

Caros Leitores,

Um bom hotel para relaxar faz-se absolutamente necessário neste momento!
Felizmente, a Mapie está com ótimos projetos e o volume de trabalho aumentou muito.
Fora isso, recebi um ultimato do meu orientador e preciso acabar logo com o doutorado, então, tenho que trabalhar na tese.
Também estamos em começo de semestre na Universidade e há muito que organizar, cadastrar, postar e etc.

Tudo isso é para dizer que esta semana não tem post novo! Além da falta de tempo, faltou inspiração.
Mas certamente, ela virá renovada nas próximas semanas, pois várias viagens estão agendadas!

Aguardem!

domingo, 1 de agosto de 2010

A espantosa hotelaria carioca!


A hotelaria do Rio de Janeiro é um verdadeiro espanto! Grande parte dos hotéis existentes estão lá há muito tempo. Houve troca de propriedade e de bandeiras, mas são praticamente os mesmos prédios.

A demanda é maior que a oferta de bons hotéis e a ocupação é excelente! Sempre que tento realizar uma reserva por lá, tenho dificuldade - tudo sempre lotado! E o que falar da diária média? Excepcional! Normalmente, não se pagaria o que efetivamente se paga por hotéis com tal estrutura e serviços. A boa e velha lei da oferta e da procura!

Muitas redes hoteleiras brigam intensamente por uma oportunidade neste paraíso. E é realmente difícil de entrar. Quem está, não quer sair. Quem quer entrar, não acha a porta. São poucos hotéis à venda e os que estão, têm muitos problemas. Terrenos disponíveis? Nem pensar! Conversão de bandeira? De jeito nenhum! Quem quer perder esta boquinha?

Por um lado, este cenário é fantástico para os hoteleiros cariocas, mas acredito que quem sai perdendo é o hóspede. Faltam investimentos nas necessárias melhorias e renovações. Os prédios necessitam de modernização, mas se vendem assim mesmo e vendem bem, qual a razão de investir? O mesmo vale para o serviço prestado. É medíocre! Nem bom, nem ruim... meia-boca!

A cidade será sede da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016 e não observamos grandes intenções de transformação. Um pouco de competitividade como a vivida por São Paulo, faria bem!

domingo, 25 de julho de 2010

As esquisitices dos famosos!


O post de hoje é sobre as excentricidades dos hóspedes famosos. Por questões de confidencialidade e respeito à privacidade destes hóspedes não é possível divulgar nomes e detalhes, mas cada leitor poderá fazer uso de sua imaginação e colocar na cena aqueles que melhor lhe convierem!

Primeiramente, como tem gente estranha no mundo! E parece que quanto mais famoso fica o indivíduo, mas aumenta este nível de bizarrice. Eu adoro o momento em que recebemos as solicitações dos famosos no período pré-hospedagem! O hotel vira uma festa. Mesmo que a tentativa seja de manter a discrição, é impossível que a equipe não comece a comentar, discutir, tentar entender ou simplesmente, divertir-se diante dos pedidos. Então vamos lá:

Cantor 1) - suas malas devem percorrer o mesmo trajeto percorrido por ele. Todos os metais são cobertos com fita crepe e lençóis brancos são espalhados pelo chão. Ninguém entra no apartamento durante todo o período, pois a sua assistente pessoal faz a limpeza.

Cantor 2) - hospeda-se na suíte presidencial com a esposa, mas solicita o serviço de rapazes de boa aparência todas as noites, enquanto a mulher dorme com a amante no apartamento ao lado!

Cantor 3) - feijão deve ser servido em todas as refeições, inclusive no café da manhã em cumbucas brancas sem tampa!

Cantora 1) - solicita blackout total em todas as janelas, além da instalação de cartolinas pretas nos vidros. Aparelho de ginástica do apartamento e uma nota de cem dólares (que pode ser incluída no valor da diária).

Jogador de Futebol 1) - video game, controle remoto extra para o apartamento duplo e 10 refis de lâmina de barbear (que depois descobrimos que era para raspar os MUITOS pelos de seu corpo).

Jogador de Futebol 2) - hospedagem sempre no mesmo apartamento, cabeceira da cama virada contra a porta e toalhas vermelhas.

Analisando estas solicitações, vemos mandingas, superstições, hábitos alimentares diversos e uma necessidade enorme de manter a boa imagem pública. É verdade que também recebemos vários hóspedes anônimos (gente como a gente) com esquisitices, mas, que é bem mais comum com celebridade, isso é!

E você? Que solicitações estranhas de hóspedes famosos já teve que atender? Compartilhe conosco!

domingo, 18 de julho de 2010

Por que o serviço por aqui é tão ruim?


Desde que comecei a trabalhar em hotéis (há mais de dez anos), a questão da qualidade dos serviços sempre esteve em pauta. Mas, afinal, por que somos tão mal atendidos no nosso país?

Este é mais um daqueles posts sem o propósito efetivo de responder. A idéia principal é discutir e permitir um debate que poderá acrescentar algo para os profissionais envolvidos nesta árdua tarefa de garantir um serviço de qualidade: desde a banca de jornais até um famoso hotel 5 estrelas.

Primeiramente, acredito que, de forma geral, o modelo mental nacional está programado para acreditar que servir é algo menor, que te coloca em posição “inferior” em relação a quem está recebendo tal serviço. Talvez tenha algo conectado com a nossa história, à escravidão e etc. Antropólogos e sociólogos poderão contribuir com mais conhecimento. Na Tailândia, por exemplo, servir é nobre e desejado, porque contribui para a construção de um karma positivo. Tal forma de encarar o ato de servir, faz com que o povo seja altamente hospitaleiro, cordial e carinhoso com hóspedes e clientes.

Também acredito que para prestar um bom serviço é preciso ter um mínimo de referências prévias. Um bom sistema educacional, acesso a cultura e a informação contribuem para o processo como um todo. Muita gente fala dos europeus como frios e distantes, mas quando morei na Áustria fui sempre muito bem atendida. Há limite, há respeito pela privacidade, mas há muita cordialidade, agilidade e principalmente, eficácia. Aquilo que o estabelecimento se propõe a oferecer é realmente entregue. Nem mais, nem menos e isso já é uma grande coisa. O básico é bem feito!

Por último, penso que um bom serviço é prestado por um profissional que tem consistência de atitudes. Você jamais terá um garçom que dá passagem aos seus clientes se ele invade o ônibus assim que chega no ponto, sem deixar as pessoas saírem primeiro (e aquelas pessoas que não sabem usar elevador?? Primeiro sai, depois entra, né?!). De novo, voltamos a questão de educação e referências. Não há treinamento no mundo que ensine boas maneiras para quem nunca conviveu com elas.

Temos um longo caminho pela frente. Caminho que passa pela formação básica, pela boa educação e pelo bom senso. Enquanto isso, podemos minimizar o problema em nossas equipes garantindo um ambiente de trabalho respeitoso, que ofereça condições dignas de aliado a um processo de recrutamento e seleção criterioso e aos programas de capacitação constantes. Acho que é isso! Pelo menos, é um começo...

domingo, 11 de julho de 2010

Hotéis em aeroportos! Uma boa opção para conexões ingratas!


O post de hoje é sobre os hotéis localizados em aeroportos. Para aqueles que como eu, viajam semanalmente e sabem quanto aeroportos podem ser cansativos, estes hotéis são pequenos oásis de descanso e relaxamento. Pequenos mesmo! Normalmente, seus apartamentos parecem cabines de trem com tamanho máximo de 10 m2.

A rede Yotel possui opções de hospedagem em Londres (Gatwick e Heathrow) e Amsterdam. A idéia é oferecer as mesmas facilidades que um hotel convencional em um espaço reduzido: cama confortável, banheiro limpo com um bom chuveiro, internet, TV e demais facilidades. O check in é simplificado para facilitar a vida dos viajantes e sua reserva é feita e paga por uma determinada quantidade de horas. Excelente para as conexões, principalmente internacionais.

Aqui no Brasil, temos a Fast Sleep, administrado pela rede de hotéis Slaviero nos aeroportos de Guarulhos e Curitiba. Tive a oportunidade de hospedar-me no hotel de Guarulhos graças a um horário de conexão ingrato em uma viajem para Cuba.

O check in e check out são tradicionais, aspecto que poderia ser melhorado. O apartamento-cabine é minúsculo (beliche), mas a internet funciona bem e as opções de canal são variadas. Na ocasião, não havia apartamento com banheiro disponível, mas os banheiros coletivos são surpreendentemente bons. Com a mesma chave magnética do seu apartamento você abre as cabines-banheiro individuais com amenities, espaço suficiente para se trocar, excelente chuveiro e toalhas limpíssimas. No caso de Guarulhos, ainda há o Traveler Spa by L’Occitane.

Enfim, não há nada de mais e nem de menos nestas opções, mas elas são uma delícia quando sua conexão não ajuda! Espero que mais aeroportos possam contar com esta opção no futuro.

domingo, 4 de julho de 2010

A falta de personalidade da hotelaria brasileira!


Estive recentemente em Buenos Aires e sempre que visito a cidade, fico impressionada com a quantidade de hotéis boutique existentes. São várias possibilidades localizadas nos charmosos bairros da Recoleta, Palermo (Soho e Hollywood), San Telmo, entre outros. Além disso, vemos hotéis emblemáticos como o Alvear e o Faena e os de arquitetura mais nova e arrojada como o Hilton em Puerto Madero e o futuro Indigo no empreendimento Zen City. E isto porque estou apenas mencionando nosso vizinho. O que dizer de NYC, Paris e de outras capitais europeias?

Isso leva a uma reflexão. Por que a hotelaria brasileira é tão sem personalidade? O objetivo deste post não é fornecer respostas, mas iniciar uma discussão necessária para melhorarmos o nível dos nossos hotéis e sua atratividade.

A grande maioria dos hotéis no Brasil encaixa-se no mesmo padrão. Apartamentos executivos, com lobbies impessoais, restaurantes vazios e arquitetura indiferente. Onde estão os nossos hotéis boutique? E aqueles com arquitetura e design arrojado? Onde estão os emblemas da hotelaria nacional?

Depois de muito pensar, encontro poucas respostas. Temos o Copacabana Palace, o Fasano, alguns hotéis mais descolados em São Paulo como o Emiliano e o Unique, alguns boutiques pequenos espalhados pelo país e nada mais. Nosso arquiteto mais arrojado é o Ruy Ohtake, responsável pelo Unique, Renaissance e o Royal Tulip de Brasília (ex-Blue Tree). Este último por sinal, absolutamente espetacular! Teto inspirado no zeppelin com balcões que simulam nuvens (na foto), cores marcantes e várias formas!

Imagino que esta falta de graça esteja relacionada ao perfil dos investidores hoteleiros no Brasil, a presença ainda tímida de grande redes internacionais que alimentam a criatividade deste mercado, ao nosso modelo mental e a pouca importância dada para a atividade turística no país... De qualquer forma, tudo isso precisa passar por uma transformação. Não podemos ser um destino turístico poderoso e relevante se a nossa hotelaria não corresponde (ou seria ao contrário?). Deixo aqui o início desta discussão! Comentários são muito bem-vindos para enriquecer este debate!!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sociedade dos Sonhos 2 - InterContinental Life

Dando continuidade ao assunto da Sociedade dos Sonhos, gostaria de relembrá-los da “nova” necessidade dos consumidores de viver experiências. O desejo é participar ao máximo de cada momento, criando histórias e instantes que serão guardados na memória por muito tempo.

Conectada a esta tendência (ou não), a marca Intercontinental fez um excelente trabalho publicitário. Na página do grupo, eles definem esta marca da seguinte forma: “os hotéis e resorts InterContinental procuram oferecer aos seus hóspedes uma experiência inesquecível e única, que enriqueça as suas vidas e amplie as suas perspectivas. Os hotéis InterContinental oferecem serviços e comodidades concebidos especialmente para os viajantes internacionais a negócios, mas ao mesmo tempo mantêm um equilíbrio delicado de expectativas de luxo com uma autêntica experiência local, o que valoriza também a estadia de lazer”.

É exatamente disso que se trata a tal Sociedade dos Sonhos: experiências inesquecíveis e únicas, enriquecimento pessoal, novo conceito de luxo e autêntica experiência local.

A publicidade da InterContinental busca transmitir este conceito para seus clientes reais e potenciais! Em duas propagandas disponíveis no Youtube (ver Links de Interesse), uma do hotel em Pequim e a outro do hotel em Sidney demonstram o que entendem por viver a experiência e geram vontade no espectador. Pouco aparece dos hotéis. O foco é naquilo que é possível viver frequentando um deles. E certamente, funciona! Do you live an InterContinental life?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sociedade dos Sonhos - Hedonism Jamaica


Atualmente, vivemos na chamada Sociedade do Conhecimento, onde a principal fonte de riqueza está baseada nos chamados ativos intangíveis. Entretanto, segundo o autor Rolf Jensen, estamos em fase de transição da sociedade atual para uma nova sociedade, que ele denomina Sociedade dos Sonhos em seu livro intitulado The Dream Society.

Na sociedade dos sonhos, consumidores buscam viver experiências únicas, especiais e enriquecedoras. Querem participar ativamente de seus momentos de consumo, transformando cada interação em experiências significativas e marcantes. A hotelaria pode atender estes desejos em sua plenitude, pois através da interação humana e de seus distintos formatos, pode proporcionar muitas e intensas experiências aos seus hóspedes.

Nos próximos posts, darei exemplos de hotéis inovadores que atendem às necessidades deste novo perfil de consumidor (novo? Não foi sempre assim?) e hoje começarei falando daquele que presta uma homenagem ao hedonismo e ao prazer. A rede Superclubs tem empreendimentos na Jamaica chamados Hedonism. Estes hotéis, exclusivo para adultos e com sistema all-inclusive (do we really mean ALL inclusive?) tem temática, hum..., picante.

Oferecem em sua programação diversas oportunidades de vivências como jogos eróticos (entre eles Twister com pouca ou nenhuma roupa), festas na piscina (sim! daquelas com a camiseta molhada!) e muitas outras festas temáticas como: do pijama, do fetiche, do couro e por aí vai! Além disso, os hotéis também oferecem as atividades típicas de qualquer resort: esportes, muita comida e espetáculos, mas este, certamente não é o foco de seus clientes habituais.

Portanto, para aqueles que buscam viver experiências sensuais, os Hedonisms dão asas a sua imaginação! Alguém? ;)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Hall da Fama 3 - The Carlton Cannes


Hoje vou falar de um hotel na França, mais precisamente em Cannes, na Riviera Francesa. Tive um professor na faculdade que lecionava Teoria e Técnica do Turismo e que tinha apreço especial pela França. Ele contava que esta região foi o berço da atividade turística organizada. Aqui pertinho, em Nice, fica o famoso Promenade des Anglais, onde os ingleses passeavam pela orla vindos com os seus tours organizados.

Cannes é uma pequena cidade charmosa! Terra de visitantes chiques e ricos e do festival de cinema. Terra também do famoso hotel Carlton, hoje integrante da rede Intercontinental.

Localizado na famosa Avenida Croisette, sua construção é belíssima, parte do patrimônio nacional da França, de 1909. Alguns dizem que o Copacabana Palace foi inspirado neste prédio. É aqui que ficam hospedadas as celebridades durante o festival. Dizem que foi aqui que Grace Kelly conheceu o príncipe Rainier e tornou-se então, a princesa de Mônaco. O hotel também foi cenário de um roubo de jóias digno de filme.

Tive a oportunidade de participar de um coquetel e de um almoço realizados no Carlton durante a Mipim em Março deste ano. Sua decoração é clássica e seu pessoal presta um atendimento com a deferência típica de grandes hotéis. Ao acessar o hotel pela entrada principal, dá aquele friozinho na barriga vivido nos momentos de contato com estes hotéis do Hall da Fama.

A comida servida é globalizada. Os coquetéis descolados da atualidade servem misturinhas inspiradas na gastronomia do catalão Ferran Adriá. Espumas coloridas, coisas que deveriam ser quentes servidas frias, coisas que deveriam ser moles inesperadamente crocantes e assim por diante!

Infelizmente, não pude visitar nenhum de seus 343 quartos ou 40 suítes com nomes de celebridades porque estava lotado. Fica para a próxima! Certamente, este lugar mágico merece uma segunda visita!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Recebendo comitivas - Parte II


Em um dos primeiros posts do blog, contei sobre algumas de minhas interações favoritas neste universo hoteleiro - receber chefes de estado e de governo. Somente para relembrar, fui Gerente de Front Office em um hotel em Brasília que recebia todas as delegações internacionais em visita oficial ao país. Eu era a responsável pela organização desta recepção, que requer cuidados e atenção redobrada, além do protocolo requerido. Hoje vou contar como foi uma das experiências mais queridas por mim - receber o então primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra.

Aqueles que fizeram intercâmbio cultural (eu fiz pelo AFS para a Tailândia em 1994) sabem que se cria um vínculo misterioso com o país que nos recebe! Mesmo depois de muito tempo, quando outros países sobem na sua lista de preferência, o país hospedeiro continuará sendo parte de quem você é. A Tailândia é certamente um país incrível, de gente feliz e hospitaleira. Com uma cultura riquíssima e über exótica e com uma das melhores gastronomias do mundo, este é um lugar que posso chamar de casa. Imaginem portanto, minha enorme satisfação ao receber a visita do embaixador da Tailândia em Brasília para iniciar os preparativos para visita oficial do primeiro-ministro.

Nós, hoteleiros, buscamos conhecer a cultura e preferência de nossos hóspedes. A idéia é fazer com que o hotel seja uma zona de conforto - uma casa longe de casa! Para esta comitiva, não poupei esforços. Providenciamos música tailandesa, quitutes típicos e capacitamos a equipe para compreender aspectos valorizados da cultura como o respeito pela hierarquia, a correta posição da sagrada cabeça e do mal-visto pé! Apesar do “mico”, vesti-me com minha roupa típica, costurada pela minha mãe hospedeira 10 anos antes e fui receber o primeiro-ministro! A cara de surpresa dele foi impagável! Conversamos bastante nos rápidos momentos livres da sua agenda! Contei como foi a minha experiência no país e falei do carinho que sentia pelo seu povo. Ele contou como apreciava o ocidente e como queria que seus filhos tivessem referências internacionais. No final da visita, deixou uma linda mensagem de agradecimento no livro de ouro do hotel que eu guardo até hoje!

A hotelaria me apaixona por diversas razões e o fato dela me proporcionar oportunidades como esta, certamente é uma delas! Quando é que eu poderia imaginar este momento lá em 1994, quando as pessoas sequer sabiam direito onde ficava a Tailândia e me perguntavam para que mesmo eu iria usar o idioma tailandês? Certamente foram poucas as oportunidades, mas muito bem aproveitadas! Sawasdee kah!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ótimos hotéis são ótimos!


O que eu mais gosto em ótimos hotéis é que eles são ótimos!! Como é bom chegar em um lugar bonito, amplo, bem apresentado, com equipe sorridente e receptiva. Como é bom identificar-se com a proposta do local e sentir-se parte dela. Como é bom ser recebida por um quarto impecavelmente limpo, amplo (raridade nos dias de hoje) e com uma cama fofa, bem-feita, repleta de travesseiros. Ótimos hotéis chegam a causar emoção em seus hóspedes (pelo menos em mim, eles causam!)

Hoje vou falar do Radisson Blu Sandton em Johannesburg que está localizado no charmoso bairro nobre de negócios da cidade - Sandton - a poucas quadras da famosa Mandela Square. O hotel é um bom exemplo de que empreendimentos chamados “mixed use” (uso misto) podem ser grandes idéias tanto para hóspedes quanto como forma de potencializar o retorno sobre o investimento. Este hotel especificamente, é elegante e eficaz, sem ser arrogante!

Ao acessar o hotel pelo térreo, a primeira impressão é de um lobby bastante acanhado. Na verdade, este é o espaço de trabalho dos mensageiros e também a portaria do prédio, que além de abrigar o hotel, tem pisos de escritórios - daí sua característica de uso misto. A recepção de verdade é no 13o. andar com vistas belíssimas para a cidade. Porém, o mais bacana é que parece que você entrou em outro lugar, pois o prédio cresce para os fundos e acomoda um lindo átrio de 10 andares. A decoração é descolada e moderna.

O acesso aos demais apartamentos é liberado somente com cartão de hóspedes através de um sistema de elevadores inteligentes. Os corredores são surpreendentemente espaçosos, mas o apartamento é a cereja do bolo. Ultimamente, na hotelaria contemporânea, qualquer quarto com mais de 18m2 é ou velho ou inexistente (há um certo exagero aqui, mas...). Neste caso, o quarto tem quase 40m2, uma cama deliciosamente confortável, janelões incríveis e todas as facilidades necessárias para um hotel de negócios. Ainda oferece amenities da marca Anne Semonin e um simpático menu de travesseiros.

Fiquei hospedada em um Radisson Blu também em Dubai e recomendo! Apesar de ser bem mais antigo, estava bem conservado e o melhor é a consistência da linguagem e do serviço da rede que merecem uma menção bastante positiva. Na verdade, o melhor é que eles são ótimos!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Lar doce lar - na China!!


No post passado, falei da confortável sensação de familiaridade que algumas redes internacionais proporcionam em destinos exóticos. Foi o caso do Pullman Shanghai Skyway da francesa Accor. Depois de mais de 15 dias de viagem na China, hospedando-me em hotéis de redes locais e com uma imensa dificuldade de comunicação para obtenção de serviços elementares, chegar a um hotel de marca tão conhecida foi quase como chegar em casa.

Tudo começou do começo. O mensageiro que me recepcionou, de forma extremamente cordial, falava inglês. E este padrão repetiu-se por todo o período da hospedagem e em todas as interações - garçons, recepcionistas, atendentes do spa e até a camareira conseguiram, pelo menos, travar o diálogo necessário para suas funções.

O hotel tem 52 andares e 645 apartamentos. Possui um arquitetura exterior típica dos arranha-céus chineses e uma decoração duvidosa nas áreas comuns. Os apartamentos são amplos e confortáveis com decoração funcional, de negócios. Em seu último piso, possui diversas suítes temáticas (indiana, inglesa, tailandesa, árabe, de Boston (?) e etc.). Normalmente, o perigo de tematizar é partir em excesso para o estereótipo e deixar a coisa cafona, mas este não é o caso. O resultado final ficou interessante!

O restaurante onde é servido o café da manhã fica no 49o. andar e oferece lindas vistas da cidade. Pena que por causa da poluição e da neblina constante, nem sempre se vê o que há por trás da névoa. No dia que saiu sol, fiquei gratamente surpresa em descobrir que era possível ver o pavilhão chinês na área da Expo 2010. O buffet era farto, com opções ocidentais e orientais.

O melhor, porém, foi a descoberta da melhor massagem da minha vida! O Spa Being é uma área de paz e tranquilidade em meio ao caos local. A sala de massagem é completa, com chuveiro, banheira e todo o necessário para desfrutar. A idéia é tomar uma ducha antes da massagem para limpar. Logo, te servem um chá e a massagem inicia, ativando os seus pontos de energia vital (chi). Impressionante! Ao sair da massagem, parecia flutuar. No final é servido mais um chá e um pequeno quitute, neste caso, de feijão doce.

O gerente geral do empreendimento é estrangeiro, assim como o chef de cozinha e o controller. Devo parabenizá-lo por conduzir de forma brilhante a sua equipe, proporcionando a seus hóspedes momentos especiais. E para terminar, já na última noite, chegando no hotel, tocava Simonal no restaurante do piso inferior. Lar doce lar!

domingo, 9 de maio de 2010

África do Sul e muitas outras viagens...

Caros Leitores,

Costumo atualizar os post todos os finais de semana. Neste, especificamente, vou dar uma pausa, voltando a colocar algo novo no próximo domingo.

Este pequeno atraso é por um bom motivo. A Mapie está cheia de atividades e projetos, demandando bastante atenção.

Estou organizando-me para uma rápida viagem a África do Sul que certamente possibilitará várias vivências que serão compartilhadas aqui.

Para aqueles que tiverem interesse, sugiro uma re-leitura de posts do passado. Meus favoritos são: Copacabana Palace, Recebendo Comitivas e A Melhor Cama do Mundo.

Obrigada e até o próximo domingo!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eu quero a minha casa...


Nesta minha recente visita a China, tive oportunidade de hospedar-me em alguns hotéis. Todos eles com estrutura física de hotel 5 estrelas ou 4 estrelas superior, portanto muito confortáveis e com várias facilidade à disposição. Entretanto, a hospedagem deixou bastante a desejar em diversas ocasiões - tudo gerado pela baixa qualificação dos profissionais de atendimento. Serviço é mesmo fundamental, ainda mais em terras tão exóticas.

Sabemos que existem diversos perfis de turistas e que alguns, principalmente em suas viagens a lazer, procuram estabelecer o máximo de contato possível com a comunidade local, seus hábitos, seus costumes e suas diferenças. Este contato deve ser autêntico, para realmente permitir a vivência de experiências. Entretanto, para muitos outros turistas, o hotel é o local sagrado - aquele cantinho familiar para chamar de casa, mesmo estando tão longe. Quando o motivo da viagem é negócios, esta familiaridade é ainda mais importante. Os chineses são extremamente gentis, mas pouco eficientes. Cordialidade impera, pró-atividade nem tanto. De forma geral, observei que a dificuldade idiomática é grande em hotéis de redes chinesas e que somente nas redes internacionais a comunicação fluiu normalmente. E isto faz toda a diferença!

Foram diversas às vezes que solicitações simples não foram compreendidas. Passei muito calor em Beijing (sendo que a temperatura externa era de aproximadamente 10 graus) porque o ar-condicionado tinha uma temperatura padrão de 27 graus!! A equipe, apesar de ir ao apartamento diversas vezes, não resolveu a situação e mesmo quando contatei o gerente geral não obtive retorno. Este é apenas um dos exemplos vividos.

É justamente neste cenário que as redes hoteleiras internacionais ganham bastante força. É certo que existem muitos hotéis familiares e de redes locais que possuem serviço excepcional, personalizado e eficaz. Mas também é certo, que quanto mais distante (em todos os sentidos) é o país e a cultura, a opção mais segura é mesmo uma rede conhecida. A sensação de conhecer/pertencer é muito confortável. Ser entendido em hotel deste padrão é fundamental. Restaurantes com comidas ocidentalizadas ganham pontos depois de 10 dias de comidas “estranhas”! E o fato de que, mesmo não obtendo resposta no hotel, você tem uma entidade superior (a matriz) para recorrer é tranquilizador.

Portanto, minha recomendação para aqueles que gostam de ter um lugar “seguro” para voltar no final de um dia cheio de experiências novas é a de optar por redes internacionais conhecidas e renomadas. Neste ponto, só tenho a agradecer ao Pullman Shanghai Skyway da Accor que garantiu alguns dias fáceis durante a minha viagem. Este hotel será o alvo do próximo post. Até lá!

sábado, 17 de abril de 2010

Hudson New York


Caros leitores: alguns amigos também costumam viajar por aí e viver experiências hoteleiras que merecem ser compartilhadas, portanto em algumas ocasiões, colocarei textos de outros globetrotters.

Não poderia ter melhor primeira opção que a minha querida amiga (e sócia da Mapie) Tricia Neves. Como em todas as amizades, temos várias coisas em comum, mas certamente nossa paixão por hotelaria é um grande laço. Além de hoteleira, a Tricia também é uma excelente escritora. Espero que gostem da leitura! Se gostarem, o blog dela sobre São Paulo é excepcional - tricianeves.blogspot.com.

"Não há lugar para o frio de Nova York dentro do Hudson, um hotel do Morgans Hotels Group, localizado no Upper West Side de Manhattan, cheio de estilo. A entrada do hotel, uma escada rolante iluminada por lâmpadas verde-limão, dá o tom fashion, jovem e moderno também percebido nos serviços.

O lobby é assinado por Philippe Starck, com meia luz, plantas, objetos antigos e modernos, que convivem com os eficientes coordenadores de filas que ficam do lado de fora do balcão da recepção servindo champanhe e organizando o enorme fluxo de hóspedes e visitantes, que circulam em todos os horários.

O bar é referência entre os nova iorquinos e é frequentado por muita gente bonita, moderna, famosa e divertida. Todas as dez noites que eu estive lá rolaram festas animadas. A biblioteca, decorada em estilo inglês, com pool tables e um bar , também é bastante movimentada. E a segurança atua efetivamente em frente aos elevadores, permitindo que somente os hóspedes tenham acesso aos andares.

Todas estas alternativas de diversão justificam o apartamento standard, que me fez lembrar uma cabine de navio bem pequena. O apartamento é realmente pequeno e eu confesso que levei um susto quando entrei. Minha sorte é que eu estava sozinha, porque além de mim e das minhas compras definitivamente não caberia mais ninguém. A parede do chuveiro é de vidro e é possível ver o quarto, o que eles batizaram de “sexy shower”, caso tivesse alguém deitado na cama observando!

A rede Morgans define o conceito desta propriedade como “Cheap Chic”, estiloso, democrático, jovem e “utterly cool”. Eu acrescentaria “eficiente” - a recepção, o room service, a limpeza, o café da manhã, a velocidade da internet, a potência do secador de cabelo, tudo funciona sistematicamente no hotel que, assim como a minha cidade preferida, “never sleeps”".

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Burj Al Arab


Escrevo de Pequim e certamente terei algumas histórias sobre a hotelaria chinesa para compartilhar com vocês em breve. Entretanto, o post de hoje é sobre um empreendimento em Dubai. No caminho para a China, parei um dia e uma noite na cidade e pude conhecer e visitar alguns dos seus fabulosos hotéis. Aqui no blog, contarei detalhes sobre eles, mas só poderia começar falando sobre O hotel! Sim, estou falando do Burj Al Arab da rede Jumeirah.

Segundo fontes não confirmadas, o Burj Al Arab é uma das edificações mais fotografadas do mundo. Sem dúvida, é a mais fotografada de Dubai. O hotel está localizado em uma pequena ilha particular e sua arquitetura (do britânico Tom Wright) é inspirada nos “dhows” - os típicos barcos locais. Antes de cruzar a ponte que liga o continente à ilha, há uma guarita que controla a entrada. Somente hóspedes e visitantes com reservas no restaurante ou no spa podem entrar. Faz sentindo! - tanto por segurança quanto por privacidade.

A chegada já impressiona por causa dos veículos estacionados - Ferraris (no plural), Astons (fiquei íntima), Masserattis e diversos Rolls-Royces, estes servindo de transfer para os privilegiados hóspedes do local. Não há recepção no lobby, afinal cada andar tem atendimento exclusivo e os trâmites burocráticos são realizados no próprio apartamento. A primeira imagem é um sofá vermelho com design diferenciado e uma cascata com águas saltitantes e luzes coloridas. As escadas rolantes ladeadas de aquários (uma febre local) conduzem ao saguão principal. O átrio é fantástico, de formas impressionantes. Segundo eles, é o maior do mundo - afinal, tudo aqui é superlativo!

Os ambientes são muito carregados, dourados, estampados! Eu, que sou adepta do clean/ menos é mais, achei “over”, mas gosto não se discute. Sem dúvida, ele é requintado e suntuoso! A decoração é assim em todo o hotel, inclusive nos apartamentos que variam de 160m2 a 700m2. São 10 opções de restaurantes e bares. Oferecem desde alta gastronomia até coquetéis no bar da piscina. Jantei no delicioso Al Iwan. Um banquete árabe com muito sabor - especiarias, leite de camelo e vários doces! O restaurante Junsui é uma excelente opção de comida japonesa e sua decoração é bem mais amena, quase relaxante. O serviço é impecável e todos são muito atenciosos!

Devo dizer que vale a experiência, afinal o Burj Al Arab é, para os apaixonados por hotelaria, o equivalente da Monalisa para os apaixonados por arte! E exatamente como a Monalisa, o Burj Al Arab é mais marketing que conteúdo!

domingo, 4 de abril de 2010

Hóspedes sem noção!


Estava jantando com uns amigos queridos e falávamos das situações que nos tiram do sério relacionadas ao mau atendimento, ao descaso dos profissionais ou à burrice alheia. É verdade que temos incontáveis exemplos negativos e que no geral, somos muito mal recebidos, seja em um restaurante, numa concessionária, num hotel ou por telefone. Falamos também da falta de educação das pessoas. Gente que gruda na esteira de bagagem no aeroporto achando que você está ali para apreciar a vista. Gente que entra no elevador antes das pessoas descerem, impedindo o fluxo e irritando o universo. Gente que dirige mal e ocupa duas faixas ou que acha que tem um caminhão e quando dá pisca para a direita, inicia a curva pela esquerda... Enfim, gente SEM NOÇAO!

Então para iniciar uma campanha pelos bons modos da nação, vou listar alguns itens que certamente te transformariam em HÓSPEDE SEM NOÇÃO! Se você se identificar em alguma das situações abaixo, preste mais atenção da próxima vez ou será odiado pela a equipe - e com razão!

A sua reserva foi feita por telefone ou por email e é a primeira vez que você se hospeda neste hotel. É absolutamente natural que o recepcionista te cobre na chegada ou que ele peça um número de cartão de crédito. É grande o número de pessoas que inicia um discurso nesta linha... “Onde já se viu! Vocês estão desconfiando de mim! Não me hospedo em um lugar que não acredita nas pessoas! Eu viajo o mundo inteiro e isso nunca aconteceu antes... Estou muito constrangido”! O detalhe é que quem viaja o mundo inteiro, sabe que esta prática é muito comum...

Dia de alta ocupação, hotel lotado, às 23h chega um hóspede que diz ter uma reserva. Você pergunta o nome, ele informa. Você procura no sistema e nada! Ele começa a ficar apreensivo. Você pede um documento da reserva para verificar e ele acha que é o fim do mundo. Grita, diz que vai ficar, que a central de reservas é ineficaz, que todos são incompetentes. Quando ele te entrega o documento, você percebe que ele está no hotel errado!!! Fogos de artifício disparam em sua cabeça! Você olha para o hóspede com cara de sonsa e diz: “O sr. gostaria que eu chamasse um táxi?” - olhar confuso do cidadão. “Já que a sua reserva é no hotel XYZ a três quadras daqui?” Sorriso...

O quarto de hotel não é extensão da sua casa! A camareira não precisa conhecer seus hábitos em profundidade. E nem está ali para lavar a cueca que foi deixada no chão do banheiro!

Você até pode economizar R$ 10,00 fazendo xixi na garrafinha de whisky para que ninguém perceba que ela foi consumida, mas aqui se faz aqui se paga! A nossa torcida é que da próxima vez que você for tomar a bebida no quarto, o hóspede anterior tenha tido a mesma idéia!

Guarde bem os seus pertences e de forma organizada! Normalmente, o sumiço sobra para a coitada da camareira. As fechaduras magnéticas têm histórico e podem ser lidas por um sistema! Esta leitura identifica qual chave abriu a porta em que momento. Já passei por várias cenas de senhoras histéricas acusando a camareira e quando fizemos a leitura só a hóspede tinha entrado no apartamento. “Putz! Encontrei debaixo da cama! A camareira deve ter deixado cair”. Tá, tá, tá!

Em 90% dos casos, garçons, mensageiros e outros colaboradores não têm interesse em participar das suas fantasias sexuais! Não convide! Tudo bem que tem os 10% que adorariam, mas estes contarão para 100% do hotel no dia seguinte e você ficará muito famoso!

Não peça para transformar o complemento de diária (leia-se: diária da garota de programa) lançado em sua conta em restaurante para sua empresa reembolsar! O recepcionista fica com pena de você! Ou pior, não diga que não irá pagar porque não recebeu visita. O recepcionista irá abrir a pasta do seu apartamento na sua frente e o primeiro item que irá aparecer será a ficha de registro da Tiffannyyyy (cujo nome real é Sirlene Creuza Aparecida) assinada por você!!

E finalmente, se você acordou atrasado, o problema é seu! A fila do check out continuará existindo e grudar a chave no nariz do recepcionista não fará dele um ser mais empático com a sua situação.

Portanto, caros leitores, comportem-se!

sábado, 27 de março de 2010

Aix-en-Provence e o Aquabella


Hoje vou falar de um hotel muito simpático e aconchegante em Aix-en-Provence. O empreendimento está classificado como um hotel três estrelas e chama-se Aquabella. O interessante é que a classificação hoteleira ainda funciona em alguns países e isto é uma segurança para os hotéis sem bandeira. O cliente sabe o que esperar de marcas consagradas como Ibis, Novotel, Sheraton, W, Ritz Carlton e etc., mas quando o hotel é de uma empresa menos conhecida ou é familiar, a tal classificação de estrelas endossa o padrão de qualidade e ajusta a expectativa de seus hóspedes.

O Aquabella está muito bem localizado. Fica perto do centro antigo da cidade e do estúdio do Cezanne. Tudo pode ser feito a pé e recomendo que assim seja, pois a cidade é uma graça e deve ser desfrutada através de um passeio por suas ruas estreitas observando sua charmosa arquitetura! No geral, a estrutura do Aquabella é como a de um hotel em qualquer parte do mundo, exceto porque em seu terreno, encontra-se uma antiga torre que fazia parte da muralha de proteção de Aix e que hoje é cenário da piscina! Lindo!

Os quartos são bem cuidados e com decoração suave, mas o grande diferencial é que são claros por causa de seus janelões. Os amenities são à base de óleo de oliva, muito comum na região. O hotel conta ainda com um moderno bar e com o restaurante L’Orangerie. Recomendo o delicioso croissant do café da manhã.

O ponto alto é o espaço destinado ao Spa, famoso na cidade - Thermes Sextius. O local proporciona tranquilidade, relaxamento e bem-estar. Não que você precise, porque estar em Aix-en-Provence já faz toda a diferença. Portanto, se você estiver planejando uma viagem para a região que inspirou tantos pintores com suas vínicolas, plantações de lavanda e oliveiras, o Aquabella é uma excelente relação preço X qualidade.

domingo, 21 de março de 2010

Investindo em hotéis!


Como a Mapie estava participando da maior feira de investimentos imobiliários do mundo - Mipim - em Cannes, o post desta semana falará sobre investimentos em hotelaria. Antes de iniciar, gostaria de comentar apenas que o evento foi bastante impressionante. Muitos investidores procurando oportunidades e muitos projetos consistentes em várias partes do mundo. Diria que a bola da vez é dividida entre o Brasil e a Polônia. Em relação ao Brasil, os mega eventos de 2014 e 2016 contribuem, principalmente para fortalecer o país como destino, mas os investidores sabem diferenciar um projeto sólido do oportunismo presente em algumas situações. É óbvio que a Copa em si, não gerará demanda turística suficiente por um período extenso e nem todas as cidades sede são alvo de investimentos, mas certamente, os eventos atraem atenção para o país. Mas, é ainda mais óbvio que o Brasil é a bola da vez por ter uma economia estável, renda da população em crescimento e por ser uma democracia consolidada (assim esperamos!).

Agora sobre o tema especificamente: muitos investidores brasileiros temem investir em hotéis. No meu entendimento, isto acontece porque há aproximadamente 10 anos, com o boom da hotelaria nas principais capitais do país, houve um excesso de oferta hoteleira, principalmente no modelo de condomínio. As incorporadoras prometeram rentabilidade garantida e esqueceram de combinar com as redes hoteleiras. Estas operavam principalmente através de contratos de gestão, onde um percentual da receita e/ou resultado fica com a operadora hoteleira em troca da gestão, marketing, marca, conhecimento e etc. Além disso, o modelo de condomínio é bastante conflituoso. Em um mesmo empreendimento temos investidores com perfis bastante diferenciados. Desde um empresário que espera retorno agressivo até a senhora aposentada que comprou o apartamento para viver no final de sua vida. É impossível agradar a todos neste cenário!

O lado positivo é que este excesso de oferta proporcionou uma limpeza no mercado. As redes que não tinham consistência, foram sendo aos poucos, substituídas. Ficaram as mais competentes e mesmo assim, o percentual por elas cobrado virou commodity! Quem tivesse a menor taxa de administração ficava com o contrato. Este entorno de alta competitividade, fez com que algumas redes criassem novos modelos, como os contratos de arrendamento ou as aquisições parciais. E é aí que estão as melhores oportunidades de investimentos da atualidade. Retorno garantido de X% ao mês sobre o total investido e possibilidade de aumento da margem com rentabilidade variável.

Cabe ressaltar ainda que além da rentabilidade garantida da operação hoteleira, compatível com índices oferecidos em outras operações, temos que considerar a solidez do imóvel e a possibilidade de valorização imobiliária em si, gerando ótimos índices. Portanto, acredito que investir em hotel pode ser uma excelente opção, basta saber conjugar localização adequada, gestão competente e acompanhamento constante. É isso!

domingo, 14 de março de 2010

Hotéis econômicos!


Este post está sendo escrito em Birmingham. Na verdade, o início dele, pois estou no trem de volta a Londres depois de assistir a mais um espetacular show da Dave Matthews Band. Se este blog fosse de música, eu não teria assunto, pois a minha vida musical gira quase que exclusivamente ao redor deles... Mas, vamos ao que interessa.

Hoje vou falar de hotelaria econômica. Em Birmingham fiquei hospedada em um Etap, a bandeira super econômica da Accor. A marca Etap é a equivalente a Formule 1 no Brasil. Na verdade, houve uma adaptação de marcas da empresa para entrada em nosso país. Aqui na Europa, os Formules 1 são hotéis de estrada (principalmente) com apartamentos minúsculos, normalmente sem banheiros. Estes estão localizados no corredor e são auto-limpantes - o que quer dizer que eles não costumam ser muito limpos!

Quanto ao Etap, poderia classificá-lo como um hotel justo. O apartamento totaliza no máximo 15m2. O chuveiro parece uma cabine, pia e vaso sanitário são separados para facilitar seu uso de forma independente pelos hóspedes. Todos os apartamentos têm uma cama de casal e uma cama suspensa, formando um triliche. Agora, a pergunta que não quer calar: como cabem três pessoas e suas malas neste contexto?? Eu não faço a menor idéia. Além disso, o quarto conta com uma mini tv e cabides na parede. Não há frigobar, secador de cabelo ou qualquer item de decoração. Há um sabonete na pia e duas toalhas de banho - sem toalha de rosto e sem piso. Apesar de limitado, isso é tudo que você costuma precisar em uma noite. Portanto, recomendo este tipo de hospedagem para períodos curtos, quando você quer pagar pouco.

O lobby é funcional. No restaurante, opções de snack e comidas rápidas - tudo em formato de auto-serviço. Os funcionários são multifuncionais. Talvez por isso, sejam simpáticos quando dá para ser. Meu problema com hotelaria econômica é este. Normalmente, economiza-se até quando o serviço não custa nada: sorriso, atenção, cuidados com a limpeza e etc. Uma nova marca foi lançada no Brasil recentemente e promete cuidar justamente deste aspecto. Apesar de econômicos, os hotéis oferecem serviço diferenciado. Estou falando da marca Spotlight Hotels by Chieko Aoki que ajudei a conceituar e que será alvo de um post específico no futuro.

Considerando o exposto, recomendo as bandeiras econômicas e super econômicas para investimento. O valor de construção, mobília e equipamentos (FF&E e HEOS) é baixo (considerando a ausência de vários itens tradicionais) e a ocupação costuma ser alta (dependendo da localização). O preço e a segurança da existência de padrões são amparados por uma rede - fórmula de excelente rentabilidade. E para aqueles que querem apenas se hospedar, seguramente será melhor que a maioria dos hotéis familiares que concorrem com o mesmo preço por aí.

Meu post acabava aí, mas chegamos em Marseille e serei obrigada a completar. Ficar em um hotel de rede, mesmo sendo econômico, te dá a garantia de um certo padrão de qualidade. A expectativa está ajustada. Para Marseille, escolhi um hotel que parecia ser charmoso e bem localizado. Até conferi as opiniões de outros hóspedes!! E, acabei ficando no hotel mais sujo do mundo! Carpetes manchados, carpetes nas PAREDES, cobertor azul (ARGH!), móveis desgastados e o teto com a tinta menos branca que já vi (menos branca, porque era branca no seus dias de auge!). É isso!

sábado, 6 de março de 2010

Um pouco de sol! Nannai Beach Resort


Hoje faz frio e o tempo está fechado em Curitiba. Para dar uma animada geral, resolvi escrever sobre um hotel de praia, com muito sol e mar - o Nannai Beach Resort em Muro Alto no Pernambuco.

O Nannai foi um dos pioneiros no Brasil a apresentar o conceito “o Tahiti é aqui’! Seus bangalôs com telhado de palha e piscina privativa oferecem todo o conforto esperado para um hotel de sua categoria, mas fazem isso de maneira informal e descontraída! Você é recebido com lindas flores colhidas do próprio jardim da propriedade e com frutas típicas da região! É aí que começa o seu relaxamento total.

Neste resort o silêncio e a tranquilidade são respeitados. Nada de axé na piscina, nada de infinitas atividades com monitores extra simpáticos motivando hóspedes a sair de sua inércia... Aqui você pode ouvir o mar, os pássaros ou aquilo que estiver tocando no seu Ipod. Pode ainda escolher fazer passeios pela região ou simplesmente escolher uma espreguiçadeira e torrar ao sol, refrescando-se com eventuais banhos nas piscinas ou no mar.

A comida é deliciosa. Não perca a tapioca com coco e leite condensado no café da manhã, as patas de caranguejo gigantes como petisco no almoço, o charmoso chá da tarde servido no jardim e se sobrar espaço, os melhores frutos do mar combinados com vinhos no jantar! Depois disso tudo, aproveite para admirar o céu estrelado totalmente disponível para você!

Na semana que vem, falarei sobre hotelaria econômica diretamente de um Etap em Birmingham! Até lá!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A melhor cama do mundo!


Hoje vou falar da Westin, uma bandeira hoteleira que faz parte da Starwood e que para mim, é uma das mais bacanas que estão por aí. E por que a Westin merece esta deferência? No meu ponto de vista, porque eles conseguem fazer o básico bem-feito com um toque über especial.

Os hotéis da Westin tem cheiro próprio! É verdade - chá branco! Parte dos diferenciais oferecidos é o que eles chamam de Sensory Welcome (Boas-vindas sensorial). Você é recebido nos hotéis por este aroma especial, por uma música agradável (normalmente lounge), por uma iluminação apropriada e acolhedora e por arranjos de flores naturais belíssimos e isso, de forma subliminar, faz toda a diferença. Lembro de andar o dia inteiro em Nova Iorque e quando chegava no Westin Times Square, sentia uma sensação de conforto e acolhimento em meio ao burburinho típico da região.

Esta bandeira também se preocupa com a sua saúde e seu bem-estar. Muito antes da onda anti-fumo correr o mundo, a Westin já tinha hotéis 100% não fumantes, em um programa simpático chamado Breathe (Respire). Na parte de A&B, os cardápios são especialmente preparados pensando nos nutrientes, nos componentes anti-oxidantes e no sabor. Recomendo o restaurante Shula’s Steak House no Westin Times Square para os apaixonados por carne. Absolutamente delicioso! Ainda na linha da saúde e bem-estar, a Westin oferece spas e programas de exercícios físicos em seus hotéis. Estes eu não pude (ou não quis) desfrutar em virtude da apertada agenda de passeios, compras, compras, compras e gastronomia!

Agora, para finalizar, a melhor parte. Parte esta, absolutamente incrível e surpreendente de todos os hotéis da marca. A cama e o chuveiro! Como??? Cama e chuveiro é elementar, meu caro Watson... Pois é! E isso faz toda a diferença. Pensando estrategicamente, a Westin identificou que por ser tão essencial, estes dois itens merecem toda a atenção. Com isso, eles lançaram o que chamam de Heavenly Bed and Bath (Cama e Banho Celestiais). E garanto-lhes: há intervenção divina aí, porque eles conseguiram chegar na melhor cama já conhecida na face da Terra. Infelizmente, não há palavras para descrever a sensação de dormir nesta cama que te abraça, te acolhe e te aconchega. Felizmente, você pode comprar todos os itens que compõe a tal da cama e dormir no paraíso todos os dias. O chuveiro (com duas saídas de água), por sua vez, equivale a uma massagem carinhosa e a linha de amenities de chá verde completa o pacote! Portanto, meus caros, somente estes dois itens valem o investimento na diária destes hotéis!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O lado não tão limpo da hotelaria!


Relendo os posts passados, percebi que posso conduzir meus leitores a uma percepção equivocada sobre a hotelaria. Então, antes que se perpetue a visão de que este universo é só luxo e sofisticação, cabe ressaltar que a maior parte dos hotéis disponíveis por aí não integra o Hall da Fama da Hotelaria, não é descolado e bem pensado e nem sequer merece menção sobre sua existência.

A verdade nua e crua é que mesmo grandes hotéis, hotéis de redes reconhecidas e de todas as partes do mundo têm seus problemas e digamos, suas sujeiras. Portanto, o post de hoje é para isso: alertar meus queridos seguidores sobre as armadilhas existentes, inclusive aquelas bem armadas e escondidas. Então, vamos lá:

Nunca use o cobertor do hotel: certamente, não há nada mais nojento. Ou você realmente pensava que eles eram lavados com frequência? A melhor média identificada nas minhas andanças por aí é de 2 anos. É, vocês entenderam direito, os cobertores são lavados a cada dois anos (na melhor das hipóteses)!!!! Portanto, prefiram hotéis que usam edredon. Os melhores são aqueles que tem capa e trocam a cada saída de hóspede. Fora isso, se estiver frio, durma de roupa (been there, done that!).
Como vocês acham que os copos de frigobar são lavados? Na cozinha??? Engano seu, eles são lavados na pia do banheiro. Mas a pior parte ainda está por vir. Alguns hotéis até tem esponja e pano separado para este item especificamente, mas há que confiar que a camareira fará o uso correto dos mesmos. E se não fizer? E se não tiver material separado? A mesma esponja e o mesmo pano que lavam o vaso sanitário passarão pelo copo. Eles ficarão brilhantes, mas... Neste caso, lave você mesmo antes de usar, ou não use! Talvez a latinha esteja mais higienizada que o próprio copo.
Não ande de meias brancas e nem descalço no carpete do seu confortável apartamento! A rotatividade dos hotéis impede sua limpeza profunda, então ela habitualmente só acontece em uma situação: quando há a troca do carpete. Em alguns casos, os apartamentos são aspirados quando muda o hóspede, em outros...Conheci um hotel que tinha cerca de 350 apartamentos e dois aspiradores de pó. É só fazer a conta!

Nos apartamentos de hotéis de todos os tipos, estes são os principais pontos críticos. No futuro falaremos sobre as áreas comuns e sobre o clássico dos clássicos: Alimentos & Bebidas. Espero que lembrem de mim e deste post em suas próximas hospedagens! ;)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Faena Hotel + Universe


Eu, obviamente, gosto muito de viajar e uma das minhas cidades favoritas é Buenos Aires. Acredito que seja pela combinação “cara de Europa + pertinho de casa”. Além de seus atrativos turísticos variados, da excelente enogastronomia e de um bom tango, a cidade possui uma oferta incrível de hotéis. São inúmeras opções que vão desde o Alvear (que será objeto de post do Hall da Fama no futuro) até pequenos estabelecimentos. Buenos Aires é recheada de hotéis boutique com personalidade de sobra, mas quando falamos de personalidade, há um ganhador absoluto, o Faena Hotel + Universe.

Estamos vivendo na chamada Sociedade dos Sonhos, segundo o dinamarquês Rolf Jensen. Nesta sociedade, queremos desfrutar de experiências, vivenciar, participar e usufruir de cada produto e serviço que compramos. E ainda queremos que tais experiências sejam únicas, autênticas, especiais e individualizadas. Ufa! Atender a estes desejos tão subjetivos dos consumidores não é tarefa fácil e com a abundância de oferta e de informação, corre-se o risco de ser mais um, ou pior, de parecer fake.

O Faena consegue proporcionar estas experiências a seus clientes. Faz isso em cada um de seus espaços e em cada uma das interações. Este lindo hotel, localizado em um antigo armazém em Puerto Madero denomina-se HOTEL + UNIVERSE. E olha que universo: o bar da piscina (Poolbar) é agradável e oferece sucos para os chakras, o restaurante El Mercado é aconchegante, com atmosfera de antigos mercados europeus, o The Library Lounge é inspirado nas salas de estar de fazendas argentinas e oferece uma carta de chás de várias partes do mundo. O restaurante El Bistro oferece alta gastronomia, cristais Baccarat em uma sala estranhíssima - tudo é branco, inclusive as cabeças de unicórnios na parede (muito Caverna do Dragão para mim!). O hotel ainda conta com a adega mais completa da Argentina e com um Cabaret espetacular, muito sensual e que apresenta o melhor show de tango que já vi na capital.

Em relação ao complemento das experiências vividas neste universo, o hotel disponibiliza Experience Managers que auxiliam na organização de passeios pelo mundo da arte, do tango, do vinho e até do polo. O bom é que você não precisa necessariamente estar hospedado para desfrutar disso tudo. Os espaços do UNIVERSE são abertos ao público em geral, inclusive o Poolbar que tem um passe diário. Portanto, em sua próxima visita a Buenos Aires, não deixe de conhecer um dos hotéis mais descolados da América Latina!

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Hoteleira de profissão e por paixão, especialista em gestão estratégica e gestão do conhecimento. Proprietária da Mapie Especialistas Estratégicos em Serviços, sócia da Hamburgueria do Vicente e professora da Universidade Positivo. Atuo em hotelaria há mais de 10 anos com muito prazer!