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  • Copacabana Palace - um hotel e sua história (Ricardo Boechat)

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domingo, 31 de outubro de 2010

Implantação hoteleira!

É bastante comum na hotelaria nacional (e também fora dela), que empresários do ramo da construção civil tornem-se hoteleiros. Isto ocorre por diversos fatores que vão desde a perspectiva/expectativa de rentabilidade mensal “assegurada”até o suposto glamour existente no setor. Mas, acredito também que isto ocorra pela facilidade em levantar o ativo e pela crença de que o negócio hoteleiro assemelha-se à construção ou que seja fácil. É aí que mora o perigo e onde se deve ter cuidado (e alguns, felizmente, tem)!

O negócio hoteleiro começa quando a obra está acabada! E tal negócio envolve um sem número de atividades que vão desde a escolha dos móveis, equipamentos e utensílios até o treinamento do pessoal para a operação. Eu, particularmente, adoro implantações. Acho fantástico ver um hotel nascer. Acompanhar a sua transformação de um prédio sujo com resto de obras em um espaço agradável, confortável e conveniente, pronto para atender aos mais diversos desejos e necessidades das pessoas que por ali passam.

Um bom começo deste processo é a definição de móveis, utensílios e equipamentos (que na linguagem interna da área assume pomposas siglas em inglês - FF&E e HEOS). Tais itens formam uma lista enorme e devem estar conectados com o conceito proposto, além de refletir a personalidade do hotel. Detalhes são importantes, fazem a diferença e mais: podem gerar aumento da diária média desde que percebidos como valor agregado pelo público alvo.

Depois, há a criação dos padrões, processos e procedimentos, que também conectados ao conceito, darão a cara do serviço e regerão as infinitas atividades operacionais necessárias para garantir (pelo menos) a cama confortável, o banheiro limpo e um café da manhã delicioso. Do ponto de vista do hóspede, é tudo relativamente simples. Mas, para fazer isso acontecer, há um exército organizado em uma engrenagem cheia de complexidade.

E o que dizer de cada uma das tarefas de implantação e pré-operação? Recrutar e selecionar o time completo e capacitar cada uma das pessoas em suas funções específicas. Também tem o limpar, montar, organizar, testar, provar, cobrar, acompanhar, garantir, vender, inserir, trocar, preparar, abrir... São tantas atividades que, se mal coordenadas, geram re-trabalho e esforço em vão, além de atrasos nas vendas - e como consequência, atraso na geração de receitas, lucro e assim por diante.

Como resultado deste esforço temos a transformação de um ativo inanimado em um pequeno universo! De prédio a hotel! De tijolos a serviços, comida boa e sorrisos! Definitivamente, nada fácil, mas muito legal!

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Hoteleira de profissão e por paixão, especialista em gestão estratégica e gestão do conhecimento. Proprietária da Mapie Especialistas Estratégicos em Serviços, sócia da Hamburgueria do Vicente e professora da Universidade Positivo. Atuo em hotelaria há mais de 10 anos com muito prazer!