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  • Copacabana Palace - um hotel e sua história (Ricardo Boechat)

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eu quero a minha casa...


Nesta minha recente visita a China, tive oportunidade de hospedar-me em alguns hotéis. Todos eles com estrutura física de hotel 5 estrelas ou 4 estrelas superior, portanto muito confortáveis e com várias facilidade à disposição. Entretanto, a hospedagem deixou bastante a desejar em diversas ocasiões - tudo gerado pela baixa qualificação dos profissionais de atendimento. Serviço é mesmo fundamental, ainda mais em terras tão exóticas.

Sabemos que existem diversos perfis de turistas e que alguns, principalmente em suas viagens a lazer, procuram estabelecer o máximo de contato possível com a comunidade local, seus hábitos, seus costumes e suas diferenças. Este contato deve ser autêntico, para realmente permitir a vivência de experiências. Entretanto, para muitos outros turistas, o hotel é o local sagrado - aquele cantinho familiar para chamar de casa, mesmo estando tão longe. Quando o motivo da viagem é negócios, esta familiaridade é ainda mais importante. Os chineses são extremamente gentis, mas pouco eficientes. Cordialidade impera, pró-atividade nem tanto. De forma geral, observei que a dificuldade idiomática é grande em hotéis de redes chinesas e que somente nas redes internacionais a comunicação fluiu normalmente. E isto faz toda a diferença!

Foram diversas às vezes que solicitações simples não foram compreendidas. Passei muito calor em Beijing (sendo que a temperatura externa era de aproximadamente 10 graus) porque o ar-condicionado tinha uma temperatura padrão de 27 graus!! A equipe, apesar de ir ao apartamento diversas vezes, não resolveu a situação e mesmo quando contatei o gerente geral não obtive retorno. Este é apenas um dos exemplos vividos.

É justamente neste cenário que as redes hoteleiras internacionais ganham bastante força. É certo que existem muitos hotéis familiares e de redes locais que possuem serviço excepcional, personalizado e eficaz. Mas também é certo, que quanto mais distante (em todos os sentidos) é o país e a cultura, a opção mais segura é mesmo uma rede conhecida. A sensação de conhecer/pertencer é muito confortável. Ser entendido em hotel deste padrão é fundamental. Restaurantes com comidas ocidentalizadas ganham pontos depois de 10 dias de comidas “estranhas”! E o fato de que, mesmo não obtendo resposta no hotel, você tem uma entidade superior (a matriz) para recorrer é tranquilizador.

Portanto, minha recomendação para aqueles que gostam de ter um lugar “seguro” para voltar no final de um dia cheio de experiências novas é a de optar por redes internacionais conhecidas e renomadas. Neste ponto, só tenho a agradecer ao Pullman Shanghai Skyway da Accor que garantiu alguns dias fáceis durante a minha viagem. Este hotel será o alvo do próximo post. Até lá!

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Hoteleira de profissão e por paixão, especialista em gestão estratégica e gestão do conhecimento. Proprietária da Mapie Especialistas Estratégicos em Serviços, sócia da Hamburgueria do Vicente e professora da Universidade Positivo. Atuo em hotelaria há mais de 10 anos com muito prazer!